terça-feira, 2 de agosto de 2011



Ás vezes, tenho a leve impressão de que minha vida é uma maratona, e que em certa altura da corrida, bem naquela curva meio inclinada, tudo o que eu quero é ir diminuindo o ritmo até parar, me apoiar sobre os joelhos, inspirar com força, jogar água na cabeça e ficar ali, sentindo o corpo formigar enquanto o resto do povo continua correndo. Mas ai vem aquele bendito extinto de competição, aquela vontade absurda de ir um pouco mais, de valorizar pelo menos o tênis caro que eu comprei pra correr, e chegar lá, atravessar a faixa que nos corta a cintura, de mãos levantadas, tentando manter os braços cansados um pouco acima da cabeça pra comemorar o "eu consegui", independente da posição que eu cheguei. E a gente vai assim, nessa corrida todos os dias, pra vencer nossas limitações mesmo e sem se importar muito com quem chegou na nossa frente, porque o que importa, o que importa mesmo é não desistir de si.

Corra, Su! Corra!



terça-feira, 12 de julho de 2011

Exatamente um mês atrás eu nos via como um "fio de". Não que fios sejam algo romântico, muito menos sinônimos de segurança, pelo contrário. Mas os fios, independente dos tipos, cores e funções, sempre foram, no mínimo, curiosos. Como podem amarrar, segurar, passar energia, manter ligações, sendo todos apenas "fios"? Lembro de filmes de suspense, quando as bombas estão prestes a explodir e o mocinho precisa apenas acertar a escolha do fio pra poder salvar a história. Lembro também de quando os fios estão velhos e gastos e ainda passam energia, e a gente enrola fita adesiva e torce pra que ele aguente mais um pouco, mas que esse pouco seja muito. Lembro de fios de cabelos, que sozinhos, são tão frágeis e quase invisíveis. Lembro dos fios de lã que minha vó usa para fazer tapetes enormes. Fios de azeite, que dão sabor novo a qualquer tempero. Exatamente um mês atrás eu imaginava que nos comparar a um "fio de" era sinônimo de esperança, de que ainda podia passar energia, de que ainda poderíamos construir coisas grandes e salvar todo mundo, tendo que emendar pedaços ou não, que poderíamos dar um novo sabor.

quinta-feira, 2 de junho de 2011


" D
efinitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. ...Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade..."
Drummond

Não estou triste nem alegre. Quero estar bem. Estou tentando pensar melhor nas minhas escolhas, não me deixar levar por minha impulsividade. Não vejo problemas em estar apaixonada, mas também não quero aqueles amores sofridos, mártires. Só quero amor.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Saudade com causa

Rostos estranhos
Entreolham-se esses rostos
Buscam por alguém
Em quem os olhos possam descansar

Olhando para os lados de outros rostos
Os rostos ao lado ainda desconhecidos
Curiosos, cansados e sem pouso
Inquietam-se ao desejo de parar

Não vejo os que tanto busco com os olhos
Os rostos cheios de olhos amigos
Onde outrora repousei quieto
Onde os olhos dos rostos ao lado eram meu lar.



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Nessa primeira semana de aula, só penso neles.. só queria estar lá. ;/