domingo, 20 de janeiro de 2013

Epinefrina

Com 15 anos costumava sonhar com os livros que escreveria. Era comum ouvir algumas pessoas cochichando sobre a ''estranha'' ou a ''meninamundodalua'' e realmente ouvia isso como algo bom. Ok, algumas vezes me chateei, mas na maioria delas, meia página de rabiscos depois eu já estava bem.

Não é exagero, escrever sempre foi um alívio, mesmo que só eu gostasse ou entendesse o que estava no papel. Também nunca fui muito de mostrar pra outras pessoas e quando percebi esse fato comecei a desistir da historia dos livros.

Já estou uma década longe dos meus 15 e não tenho vontade de voltar no tempo, como a maioria do povo diz querer. Vez ou outra reconheço em mim a mesma menina desastrada e deslocada que adorava patins e agradeço a Deus por não ter me perdido de mim mesma. Foi uma idade incrível, conheci pessoas maravilhosas, tive os melhores amigos do mundo, tinha uma alegria tímida e começava a ter um gosto musical mais bacana, mas foi tão bom e bonito porque foi no tempo que era pra ser.
Estou feliz. Feliz por ter feito as escolhas que fiz. Mais uma vez mergulhei de cabeça em uma paixão e abracei o mundo. Nessas horas vejo a Su dos 15, com toda a sua falta de equilibrio deslizando sobre patins emprestados, com a diferença que agora essas escolhas tem resultados um pouco diferentes de panturrilhas mais definidas, mas a adrenalina voltou a subir!



sábado, 5 de janeiro de 2013

Desloque.


Mudei. Mudei para outro ar e outra via. Separei uma coisa ou outra que julguei indispensável e joguei no ombro. Não há muito o que fazer quando se está decidido. Não considero ter abandonado nada, talvez dado nova chance para tudo, inclusive pra mim.